quarta-feira, 13 de fevereiro de 2013

Por que Bento XVI renunciou?


Por que Bento XVI renunciou?

O porta-voz vaticano, padre Federico Lombardi, explica as razões da histórica decisão do Santo Padre, excluindo qualquer possibilidade de doença e convidando "a prestar muita atenção" ao que dirá até o dia 28 de Fevereiro
Por Salvatore Cernuzio
ROMA, 12 de Fevereiro de 2013 (Zenit.org) - O Papa não está doente. O Papa está bem. A razão da decisão de renunciar ao ministério petrino é devida à fragilidade proveniente do envelhecimento e da consequente impossibilidade de governar a Igreja melhor.
Padre Federico Lombardi explicou com clareza as causas subjacentes da histórica decisão anunciada ontem pelo Pontífice. Uma "decisão consciente, espiritual, bem fundamentada do ponto de vista da fé e humano”, como declarou na coletiva de hoje com os jornalistas na Sala de Imprensa vaticana.
Em particular, o porta-voz do Vaticano, quis "eliminar" algumas insinuações que sairam ontem pelos meios de comunicação italianos, sobre uma possível doença do Santo Padre, que ainda estivesse escondida e sobre alguns procedimentos cardíacos que o Papa teria sofrido recentemente.
"Não existem doenças específicas", afirmou Pe. Lombardi, nem sequer “algum intervenção especial”. É verdade que Bento XVI nos meses passados se submeteu a uma pequena operação cardíaca, mas – explicou Lombardi – foi apenas uma substituição das baterias do marcapasso. Portanto, uma intervenção “normal, de rotina, como de todas as pessoas que têm um controlador cardíaco” que não tem nenhum importância na decisão do Pontífice, porque foi algo “irrelevante sob todos os pontos de vista”.
O diretor da Assessoria de Imprensa Vaticana confirmou que até o dia 28 de fevereiro – data em que a Sé ficará vacante – a agenda de Bento XVI não sofrerá nenhuma variação. Trata-se das últimas intervenções do Papa Ratzinger, portanto, “ocasiões preciosas” que o Padre Lombardi convidou a “prestar muita atenção”.
Sobretudo, prestemos atenção na Audiência geral de amanhã (a primeira aparição pública post declaratio), e a celebração das Cinzas que, por questões de espaço, não será mais na Santa Sabina no Aventino, mas na Basílica de São Pedro, justamente “para acolher mais fieis e tantos cardeais” que participarão daquela que, de fato, é “a última grande concelebração do Papa”.
Depois ainda acontecerá, na quinta-feira de manhã, na Sala Paulo VI, a antiga tradição do encontro – conversa do Papa com o clero romano. Naquela ocasião, Bento XVI “falará espontaneamente com anotações preparadas”, e de acordo com o que disse Pe. Lombardi, “falará da sua experiência no Concílio Vaticano II”.
Permanecem inalterados também outros eventos, como os Angelus do domingo, as visitas ad limina dos bispos italianos, as audiências aos presidentes da Romania e Guatemala, a intervenção no final dos exercícios espirituais e a última audiência do 27 de fevereiro, que acontecerá provavelmente na Praça de São Pedro, “para dar possibilidade de uma participação maior na saudação ao Santo Padre”.
Respondendo a uma questão urgente, o porta-voz do Vaticano também falou da possível encíclica sobre a fé e a possibilidade de que seja publicada no final do mês. "Que eu saiba não - disse - porque não estava preparada para ser traduzida, publicada, terminada em pouco tempo".
"Se haverá depois outro modo em que Bento XVI nos fará participantes das suas reflexões sobre a fé, muito bem”, acrescentou. Porém, “a Encíclica como tal, publicada pelo Papa não podemos pensar que a teremos até o final do mês".
Perguntado sobre o motivo que fez o Papa não ter definido uma data que lhe tivesse dado mais tempo para entregar o importante documento, padre Lombardi respondeu “a escolha da data de uma comunicação e depois a sede vacante é uma escolha feita com uma reflexão ampla também em base a um calendário litúrgico e aos compromissos da Igreja".
"Esse - afirmou – era um bom tempo para ter um espaço de um anúncio e depois a convocação do conclave, de tal forma que se chegasse à Páscoa e ao período pascal com a eleição do novo Papa”. Consciente, portanto, da “sua condição de forças que diminuem”, Bento XVI considerou já o momento amadurecido para deixar que fosse um outro Papa a enfrentar os novos compromissos e concluir o Ano da fé.
Continuando o tema dos "tempos", Lombardi explicou que o Papa deixará as suas funções às 20hs e não às 24hs do dia 28 de fevereiro, porque naquela hora acaba “normalmente” a jornada de trabalho do Papa, “antes de retirar-se em oração e depois repousar”.
Grande preocupação dos jornalistas foi, então, compreender como se chamará ou vestirá Bento XVI quando volte ao Vaticano depois da sua estada em Castel Gandolfo. “São questões ainda não definidas” disse Lombardi.
Notícia certa é, pelo contrário, que Bento XVI “não voltará cardeal”, nem “será Bispo emérito de Roma” ainda se, por agora, não existem fórmulas oficiais. É certo, porém, que não terá nenhum papel no próximo conclave, enquanto que permanece a probabilidade de que, como é normal, o anel petrino seja quebrado.
O diretor da Sala de Imprensa do Vaticano confirmou o início em novembro dos trabalhos de restauração do mosteiro Mater Ecclesiae "no Vaticano, que há um tempo era ocupado por irmãs de clausura, onde o Papa residirá.
Embora tenha sido "ampliado com a construção de uma capela ao longo do muro que desce da torre da Colina”, o Mater Ecclesiae “permanece portanto um edifício pequeno – disse Lombardi – onde não podem estar unidos a residência das religiosas e a do Papa" .
Quando perguntado sobre o motivo que fez o Papa decidir morar neste lugar, o porta-voz respondeu que foi uma decisão do Papa, porque “ninguém lhe impõe onde deve ir ou o que deve fazer”. “O Papa conhece muito bem o Vaticano – acrescentou – e portanto sabia perfeitamente o que era o convento, onde estava e se poderia ser uma colocação adequada” que garantisse uma certa “autonomia e liberdade”.
Uma última questão levantada é a de que foi a mesma viagem a Cuba e ao México que determinou, devido à fadiga, a decisão do Pontífice de demitir-se. Na realidade, assinalou Padre Lombardi, Bento XVI tinha considerado esta hipótese já no livro-entrevista do 2010, “Luz do Mundo”, de Peter Seewald.
Portanto, era um tema já claro antes da viagem ao México e Cuba, “independente de eventos específicos". Além disso, depois da experiência da viagem intercontinental, o Santo Padre "não colocou no calendário outras grandes viagens, mas só afirmou que para Rio era normal que o Papa estivesse presente, mas não quer dizer que seria ele mesmo que estaria presente”.
Em conclusão, à questão "escaldante": conseguirão conviver dois Papas no Vaticano? Pe. Lombardi respondeu calmamente: "É uma situação nova, mas acho que não haverá nenhum problema para o seu sucessor". Na verdade, afirmou, “o sucessor provavelmente se sentirá sustentado pela oração, por uma presença intensa de amor e de participação da pessoa que mais do que qualquer outra no mundo pode compreender e participar das preocupações do seu sucessor”.



segunda-feira, 11 de fevereiro de 2013


Acolhemos com amor filial as razões apresentadas por Sua Santidade
Nota da CNBB sobre o anúncio da renúncia do papa Bento XVI

ROMA, 11 de Fevereiro de 2013 (Zenit.org) - A Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB) divulgou nota na tarde desta segunda-feira, 11 de fevereiro, sobre o anúncio da renúncia do papa Bento XVI feito na manhã de hoje. A seguir, a íntegra da nota:
Brasília, 11 de fevereiro de 2013
P. Nº 0052/13
“Tu és Pedro e sobre esta pedra edificarei minha Igreja” (Mt 16,18)
A Conferência Nacional dos Bispos do Brasil-CNBB recebe com surpresa, como todo o mundo, o anúncio feito pelo Santo Padre Bento XVI de sua renúncia à Sé de Pedro, que ficará vacante a partir do dia 28 de fevereiro próximo. Acolhemos com amor filial as razões apresentadas por Sua Santidade, sinal de sua humildade e grandeza, que caracterizaram os oito anos de seu pontificado.
Teólogo brilhante, Bento XVI entrará para a história como o “Papa do amor” e o “Papa do Deus Pequeno”, que fez do Reino de Deus e da Igreja a razão de sua vida e de seu ministério. O curto período de seu pontificado foi suficiente para ajudar a Igreja a intensificar a busca da unidade dos cristãos e das religiões através de um eficaz diálogo ecumênico e inter-religioso, bem como para chamar a atenção do mundo para a necessidade de voltar-se ao Deus criador e Senhor da vida.
A CNBB é grata a Sua Santidade pelo carinho e apreço que sempre manifestou para com a Igreja no Brasil. A sua primeira visita intercontinental, feita ao nosso País em 2007, para inaugurar a V Conferência Geral do Episcopado da América Latina e do Caribe, e, também, a escolha do Rio de Janeiro para sediar a Jornada Mundial da Juventude, no próximo mês de julho, são uma prova do quanto trazia no coração o povo brasileiro.
Agradecemos a Deus o dom do ministério de Sua Santidade Bento XVI a quem continuaremos unidos na comunhão fraterna, assegurando-lhe nossas preces.
Conclamamos a Igreja no Brasil a acompanhar com oração e serenidade o legítimo processo de eleição do sucessor de Bento XVI. Confiamos na assistência do Espírito Santo e na proteção de Nossa Senhora Aparecida, neste momento singular da vida da Igreja de Cristo.

Dom Raymundo Damasceno Assis
Arcebispo de Aparecida
Presidente da CNBB

Dom José Belisário da Silva
Arcebispo de São Luís
Vice-presidente da CNBB

Dom Leonardo Ulrich Steiner
Bispo Auxiliar de Brasília
Secretário Geral da CNBB



Bento XVI renuncia ao ministério de Bispo de Roma, Sucessor de São Pedro

A Sede de São Pedro ficará vacante a partir de 28 de Fevereiro. 

Será convocado o Conclave para a eleição do novo Sumo Pontífice.



Caríssimos Irmãos,
convoquei-vos para este Consistório não só por causa das três canonizações, mas também para vos comunicar uma decisão de grande importância para a vida da Igreja. Depois de ter examinado repetidamente a minha consciência diante de Deus, cheguei à certeza de que as minhas forças, devido à idade avançada, já não são idóneas para exercer adequadamente o ministério petrino. Estou bem consciente de que este ministério, pela sua essência espiritual, deve ser cumprido não só com as obras e com as palavras, mas também e igualmente sofrendo e rezando. Todavia, no mundo de hoje, sujeito a rápidas mudanças e agitado por questões de grande relevância para a vida da fé, para governar a barca de São Pedro e anunciar o Evangelho, é necessário também o vigor quer do corpo quer do espírito; vigor este, que, nos últimos meses, foi diminuindo de tal modo em mim que tenho de reconhecer a minha incapacidade para administrar bem o ministério que me foi confiado. Por isso, bem consciente da gravidade deste acto, com plena liberdade, declaro que renuncio ao ministério de Bispo de Roma, Sucessor de São Pedro, que me foi confiado pela mão dos Cardeais em 19 de Abril de 2005, pelo que, a partir de 28 de Fevereiro de 2013, às 20,00 horas, a sede de Roma, a sede de São Pedro, ficará vacante e deverá ser convocado, por aqueles a quem tal compete, o Conclave para a eleição do novo Sumo Pontífice.

Caríssimos Irmãos, verdadeiramente de coração vos agradeço por todo o amor e a fadiga com que carregastes comigo o peso do meu ministério, e peço perdão por todos os meus defeitos. Agora confiemos a Santa Igreja à solicitude do seu Pastor Supremo, Nosso Senhor Jesus Cristo, e peçamos a Maria, sua Mãe Santíssima, que assista, com a sua bondade materna, os Padres Cardeais na eleição do novo Sumo Pontífice. Pelo que me diz respeito, nomeadamente no futuro, quero servir de todo o coração, com uma vida consagrada à oração, a Santa Igreja de Deus.

Vaticano, 10 de Fevereiro de 2013.
BENEDICTUS PP. XVI




quinta-feira, 7 de fevereiro de 2013

Quaresma 2013 - Mensagem do Papa Bento XVI


                                          MENSAGEM DE SUA SANTIDADE BENTO XVI 
                                                       PARA A QUARESMA DE 2013 

Crer na caridade suscita caridade
«Nós conhecemos o amor que Deus nos tem, pois cremos nele» (
1 Jo 4, 16)  

Queridos irmãos e irmãs!
A celebração da Quaresma, no contexto do Ano da fé, proporciona-nos uma preciosa ocasião para meditar sobre a relação entre fé e caridade: entre o crer em Deus, no Deus de Jesus Cristo, e o amor, que é fruto da acção do Espírito Santo e nos guia por um caminho de dedicação a Deus e aos outros.
1. A fé como resposta ao amor de Deus
Na minha primeira Encíclica, deixei já alguns elementos que permitem individuar a estreita ligação entre estas duas virtudes teologais: a fé e a caridade. Partindo duma afirmação fundamental do apóstolo João: «Nós conhecemos o amor que Deus nos tem, pois cremos nele» (1 Jo 4, 16), recordava que, «no início do ser cristão, não há uma decisão ética ou uma grande ideia, mas o encontro com um acontecimento, com uma Pessoa que dá à vida um novo horizonte e, desta forma, o rumo decisivo. (...) Dado que Deus foi o primeiro a amar-nos (cf. 1 Jo 4, 10), agora o amor já não é apenas um “mandamento”, mas é a resposta ao dom do amor com que Deus vem ao nosso encontro» (Deus caritas est1). A fé constitui aquela adesão pessoal - que engloba todas as nossas faculdades - à revelação do amor gratuito e «apaixonado» que Deus tem por nós e que se manifesta plenamente em Jesus Cristo. O encontro com Deus Amor envolve não só o coração, mas também o intelecto: «O reconhecimento do Deus vivo é um caminho para o amor, e o sim da nossa vontade à d’Ele une intelecto, vontade e sentimento no acto globalizante do amor. Mas isto é um processo que permanece continuamente a caminho: o amor nunca está "concluído" e completado» (ibid., 17). Daqui deriva, para todos os cristãos e em particular para os «agentes da caridade», a necessidade da fé, daquele «encontro com Deus em Cristo que suscite neles o amor e abra o seu íntimo ao outro, de tal modo que, para eles, o amor do próximo já não seja um mandamento por assim dizer imposto de fora, mas uma consequência resultante da sua fé que se torna operativa pelo amor» (ibid., 31). O cristão é uma pessoa conquistada pelo amor de Cristo e, movido por este amor - «caritas Christi urget nos» (2 Cor 5, 14) - , está aberto de modo profundo e concreto ao amor do próximo (cf. ibid., 33). Esta atitude nasce, antes de tudo, da consciência de ser amados, perdoados e mesmo servidos pelo Senhor, que Se inclina para lavar os pés dos Apóstolos e Se oferece a Si mesmo na cruz para atrair a humanidade ao amor de Deus.
«A fé mostra-nos o Deus que entregou o seu Filho por nós e assim gera em nós a certeza vitoriosa de que isto é mesmo verdade: Deus é amor! (...) A fé, que toma consciência do amor de Deus revelado no coração trespassado de Jesus na cruz, suscita por sua vez o amor. Aquele amor divino é a luz – fundamentalmente, a única - que ilumina incessantemente um mundo às escuras e nos dá a coragem de viver e agir» (ibid., 39). Tudo isto nos faz compreender como o procedimento principal que distingue os cristãos é precisamente «o amor fundado sobre a fé e por ela plasmado» (ibid., 7).
2. A caridade como vida na fé
Toda a vida cristã consiste em responder ao amor de Deus. A primeira resposta é precisamente a fé como acolhimento, cheio de admiração e gratidão, de uma iniciativa divina inaudita que nos precede e solicita; e o «sim» da fé assinala o início de uma luminosa história de amizade com o Senhor, que enche e dá sentido pleno a toda a nossa vida. Mas Deus não se contenta com o nosso acolhimento do seu amor gratuito; não Se limita a amar-nos, mas quer atrair-nos a Si, transformar-nos de modo tão profundo que nos leve a dizer, como São Paulo: Já não sou eu que vivo, é Cristo que vive em mim (cf. Gl 2, 20).
Quando damos espaço ao amor de Deus, tornamo-nos semelhantes a Ele, participantes da sua própria caridade. Abrirmo-nos ao seu amor significa deixar que Ele viva em nós e nos leve a amar com Ele, n'Ele e como Ele; só então a nossa fé se torna verdadeiramente uma «fé que actua pelo amor» (Gl 5, 6) e Ele vem habitar em nós (cf. 1 Jo 4, 12).
A fé é conhecer a verdade e aderir a ela (cf. 1 Tm 2, 4); a caridade é «caminhar» na verdade (cf.Ef 4, 15). Pela fé, entra-se na amizade com o Senhor; pela caridade, vive-se e cultiva-se esta amizade (cf. Jo 15, 14-15). A fé faz-nos acolher o mandamento do nosso Mestre e Senhor; a caridade dá-nos a felicidade de pô-lo em prática (cf. Jo 13, 13-17). Na fé, somos gerados como filhos de Deus (cf. Jo 1, 12-13); a caridade faz-nos perseverar na filiação divina de modo concreto, produzindo o fruto do Espírito Santo (cf. Gl 5, 22). A fé faz-nos reconhecer os dons que o Deus bom e generoso nos confia; a caridade fá-los frutificar (cf. Mt 25, 14-30).


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47º Dia Mundial das Comunicações Sociais


                                          
MENSAGEM DO PAPA BENTO XVI
PARA O 47º DIA MUNDIAL DAS COMUNICAÇÕES SOCIAIS

«Redes sociais: portais de verdade e de fé; novos espaços de evangelização».
[12 de Maio de 2013]

Amados irmãos e irmãs,

Encontrando-se próximo o Dia Mundial das Comunicações Sociais de 2013, desejo oferecer-vos algumas reflexões sobre uma realidade cada vez mais importante que diz respeito à maneira como as pessoas comunicam atualmente entre si; concretamente quero deter-me a considerar o desenvolvimento das redes sociais digitais que estão a contribuir para a aparição duma nova ágora, duma praça pública e aberta onde as pessoas partilham ideias, informações, opiniões e podem ainda ganhar vida novas relações e formas de comunidade.

Estes espaços, quando bem e equilibradamente valorizados, contribuem para favorecer formas de diálogo e debate que, se realizadas com respeito e cuidado pela privacidade, com responsabilidade e empenho pela verdade, podem reforçar os laços de unidade entre as pessoas e promover eficazmente a harmonia da família humana. A troca de informações pode transformar-se numa verdadeira comunicação, os contactos podem amadurecer em amizade, as conexões podem facilitar a comunhão. Se as redes sociais são chamadas a concretizar este grande potencial, as pessoas que nelas participam devem esforçar-se por serem autênticas, porque nestes espaços não se partilham apenas ideias e informações, mas em última instância a pessoa comunica-se a si mesma.