sexta-feira, 6 de setembro de 2013

Monjas Cistercienses na Síria para Obama


MONJAS CISTERCIENSES NA SÍRIA PARA OBAMA: 

“MANDE-NOS SUAS ORAÇÕES, NÃO SUAS BOMBAS!”



As monjas Cistercienses que mudaram-se em 2005 para um mosteiro em Azeir,... norte da Síria, acompanharam o apelo do Papa Francisco pela paz feito no Angelus. Elas escreveram uma carta, dirigida ao mundo inteiro, contra a intervenção militar na Síria. Alguns trechos foram divulgados pelo Catholic World Report.

“Olhamos para as pessoas ao nosso redor, para os nossos trabalhadores que se perguntam todos os dias espantados, apreensivos : " Eles decidiram nos atacar?".

Hoje fomos para Tartous ... sentimos a revolta, a impotência , a incapacidade de encontrar um sentido para tudo isso: as pessoas tentam dar o seu melhor no trabalho e viver normalmente. Você vê os agricultores irrigando a sua terra , os pais comprando notebooks para as crianças, pois as escolas estão prestes a começar, crianças desconhecidas pedem um brinquedo ou um sorvete ... você vê os pobres, muitos deles tentando conseguir algumas moedas. As ruas estão cheias de refugiados "internos" da Síria, que vieram de todas as partes para a única área que ainda é relativamente habitável .... Você vê a beleza destas montanhas, o sorriso no rosto das pessoas, o olhar bem-humorado de um garoto que está prestes a se juntar ao exército e nos dá os dois ou três amendoins que ele tem no bolso, como um símbolo de "união " ... .

E então você se recorda que 'eles' decidiram nos bombardear. Isso mesmo ... “Porque é hora de fazermos alguma coisa ", como está escrito nas declarações dos homens importantes, que estarão tomando seu chá amanhã , enquanto assistem TV para ver o quão eficaz será a sua intervenção humanitária ....

Será que eles vão nos fazer respirar os gases tóxicos dos depósitos que atingirão, de modo a nos punir pelos gases que nós já respiramos?

As pessoas estão com seus olhos e ouvidos em frente à televisão : todos eles estão esperando uma palavra de Obama!

A palavra de Obama? Será que o vencedor do Prêmio Nobel da Paz pronunciaria uma sentença de guerra contra nós? E onde fica toda a justiça, todo o senso comum , toda a misericórdia , toda a humildade, toda a sabedoria ?

O Papa falou, Patriarcas e Bispos têm falado, inúmeras testemunhas falaram sobre isto, analistas e pessoas de experiência têm falado, mesmo os opositores do regime falaram .... No entanto, aqui estamos todos , esperando apenas uma palavra do grande Obama? E se não fosse ele, seria outra pessoa. Não é ele que é "o grande", é o maligno, que nestes dias está realmente agindo.

O problema é que tornou-se muito fácil passar mentiras por gestos nobres, passar um implacável interesse próprio como se fosse a busca de justiça, passar a necessidade de parecer forte e exercer o poder fora como se fosse uma "responsabilidade moral não desviar o olhar ... "

E, apesar de todas nossas globalizações e fontes de informação , parece que nada pode ser verificado. ... Ou seja, eles não querem que haja qualquer verdade, ao passo que a verdade existe e alguém honesto seria capaz de descobri-la, se eles realmente quisessem procurá-la juntos, se eles não fossem impedidos por aqueles que estão a serviço de outros interesses.

Ler e partilhar esta carta. Orar por eles agora e novamente em 7 de setembro. E enviar esta carta a seus representantes no Congresso, no interesse da justiça, do bom senso, da misericórdia, humildade e sabedoria”.

A carta completa, em inglês, pode ser lida aqui:
http://www.catholicworldreport.com/Blog/2538/a_letter_from_trappist_nuns_in_syria_blood_fills_our_streets_our_eyes_our_heart.aspx#.UicF8j_OBAD

Um dia de jejum e de oração



...decidi convocar para toda a Igreja
um dia de jejum e oração





"nos encontramos em uma fase de extremo sofrimento"


Cristãos no Oriente Médio rechaçam unanimemente uma intervenção militar na Síria



ROMA, 31 Ago. 13 / 12:20 pm (ACI/EWTN Noticias) 


As comunidades cristãs no Oriente Médio expressaram unanimemente o seu rechaço à incursão militar na Síria que estaria planejando realizar os Estados Unidos, Grã-Bretanha e França com o apoio da Turquia e da Liga Árabe, após a utilização de armas químicas pelo presidente, Bashar Al Assad, no conflito que já leva mais de dois anos sem solução.

Para os cristãos, esta atitude não solucionaria a guerra e só ocasionaria ainda mais problemas, conforme assinalaram diferentes autoridades religiosas em entrevistas concedidas a vários meios de comunicação internacional.

O diretor do Mosteiro de Deir Mar Musa, ao norte de Damasco (Síria), Padre Jacques Mourad, disse à Agência Fides que "nos encontramos em uma fase de extremo sofrimento. (…) Esperamos que os países ocidentais assumam uma posição justa ante esta tremenda crise síria. A postura correta é rechaçar qualquer tipo de violência, deter as armas, não colocar uns contra os outros, defender e proteger os direitos humanos".

O mosteiro foi fundado pelo sacerdote jesuíta, Paolo Dall’Oglio, que foi sequestrado faz um mês em Raqqa. Atualmente não há notícias do presbítero.

A Irmã Houda Fadoul, explicou à mesma agência que "não podemos aceitar ou apreciar uma intervenção armada das potências estrangeiras. Continuamos com a nossa missão, que é a de elevar a Deus um culto espiritual, sobretudo, para educar os jovens no diálogo e na paz".

O patriarca siro-católico, Youssef III Younan, declarou ao site terrasanta.net que em vez de ajudar a que se encontrem caminhos para a reconciliação e para o diálogo, "estas potências apenas armaram os rebeldes, incitando à violência e envenenando ainda mais as relações entre sunitas e xiitas".

O Custódio da Terra Santa, Padre Pierbattista Pizzaballa, expressou ao Franciscan Media Center que "as imagens que temos da Síria são atrozes, falam por si mesmas, (…) conhecendo o Oriente Médio, é muito difícil saber quem faz cada coisa. A comunidade política internacional deve encontrar soluções imediatas, através de pressões, para que tudo isto acabe de uma vez. Não acho que hoje na Síria haja gente que tenha razão e gente que não tenha razão. Quando se usa a violência todos se equivocam".

O Patriarca Maronita, Béchara Rai, informou à Rádio Vaticano do Líbano que "tudo o que está acontecendo no Oriente Médio (tanto no Egito como na Síria ou no Iraque) é uma guerra que tem duas dimensões".

Explicou que "no Iraque e na Síria, a guerra é entre sunitas e xiitas; no Egito a guerra é entre fundamentalistas, entre eles está a Irmandade Muçulmana e os moderados. São guerras sem fim, mas, sinto ter que dizer, há países, sobretudo ocidentais (mas também do Oriente) envolvidos".






Fonte: ACI Digital

Guerra nunca mais



GUERRA NUNCA MAIS

dia 7 de setembro 

Papa convoca oração e jejum pela paz na Síria.





domingo, 1 de setembro de 2013

Semana de oração pela paz na Síria - primeiro dia

Mais do que nunca, nossos irmãos Sírios precisam da nossa oração AGORA! 


Ajuda a Igreja que sofre lança semana de oração pela paz na Síria

Por Redação
ROMA, 30 de Agosto de 2013 (Zenit.org) 

A Fundação de direito pontifício Ajuda à Igreja que sofre (AIS) faz pública uma nota na qual dá início imediato à semana de oração pela paz na Síria - informou Rádio Vaticano - programada inicialmente para o mês de outubro, e antecipado para começar hoje em París, devido à urgência da situação na Síria.  

A semana irá durar até o dia 6 de Setembro.

“Não é tempo de Advento, nem do Santo Natal, nem a Semana Santa. Porém, é tempo de oração e jejum. Os nossos irmãos e irmãs sírios precisam mais do que nunca da nossa ajuda e das nossas orações”, assim começa o comunicado.

A cada dia de oração a Fundação AIS acrescenta declarações enviadas diretamente da Síria trazendo informações e as palavras do povo sírio. “Por motivos de segurança, nem sempre poderemos citar a fonte”, diz a nota.

O comunicado divulgou também a oração de intercessão pela paz na Síria:

Deus compassivo, escutai o grito do povo Sírio, 
Dai conforto àqueles que sofrem por causa da violência;
Consolo aos que choram pelos mortos;
Força aos países vizinhos para que possam acolher os refugiados,
Convertei o coração daqueles que utilizaram armas
E protegei quem está comprometido para proteger a paz
Deus de esperança, inspirai os governantes para que escolham a paz no lugar da violência
E que busquem a reconciliação com os inimigos
Inspirai compaixão na Igreja universal pelo povo sírio
E dai-nos a esperança de um futuro de paz, fundado na justiça para todos, 
Vos pedimos por Jesus Cristo, príncipe da paz de luz do mundo
(Tradução própria)

Primeiro dia: Escutai o grito do povo da síria

“O sofrimento já superou todos os limites. 
A Síria tornou-se um campo de batalha. 
Todo elemento de democracia – liberdade, direitos humanos, cidadania – foi perdido e ninguém parece se importar. 
A crise matou milhares de cidadãos, soldados, oposição, homens, mulheres, crianças, clérigos, muçulmamos e sacerdotes cristãos”. 

(Gregorios III Laham, Patriarca de Antiochia, de todo o Oriente, de Alexandria e de Jerusalém dos Melquitas)

Rezemos pela paz na Síria. 
Rezemos para que as armas sejam silenciadas. 
Rezemos para o fim de toda violência e conflito armado. 
Rezemos pelo Santo Padre, todos nós juntos: Maria, Rainha da paz, interceda pela Síria, roga por nós. 

A cada dia ao longo dessa semana publicaremos a oração própria promovida pela AIS

Nunca mais a guerra


Nunca mais a guerra! 

A paz é um dom demasiado precioso, que deve ser promovido e tutelado 

Palavras do Papa Francisco antes da oração do Angelus neste domingo

ROMA, 01 de Setembro de 2013 (Zenit.org) 

Às 12hs de hoje, o Papa Francisco apareceu na janela do seu escritório no Palácio Apostólico Vaticano para receitar o Angelus com os inúmeros fieis e peregrinos reunidos na Praça de São Pedro. Estas foram as palavras do Papa antes da oração mariana:

Hoje, queridos irmãos e irmãs, queria fazer-me intérprete do grito que se eleva, com crescente angústia, em todos os cantos da terra, em todos os povos, em cada coração, na única grande família que é a humanidade: o grito da paz! 

É um grito que diz com força: queremos um mundo de paz, queremos ser homens e mulheres de paz, queremos que nesta nossa sociedade, dilacerada por divisões e conflitos, possa irromper a paz! Nunca mais a guerra! Nunca mais a guerra! A paz é um dom demasiado precioso, que deve ser promovido e tutelado.

Vivo com particular sofrimento e com preocupação as várias situações de conflito que existem na nossa terra; mas, nestes dias, o meu coração ficou profundamente ferido por aquilo que está acontecendo na Síria, e fica angustiado pelos desenvolvimentos dramáticos que se preanunciam.

Dirijo um forte Apelo pela paz, um Apelo que nasce do íntimo de mim mesmo! Quanto sofrimento, quanta destruição, quanta dor causou e está causando o uso das armas naquele país atormentado, especialmente entre a população civil e indefesa! Pensemos em quantas crianças não poderão ver a luz do futuro! 

Condeno com uma firmeza particular o uso das armas químicas! Ainda tenho gravadas na mente e no coração as imagens terríveis dos dias passados! Existe um juízo de Deus e também um juízo da história sobre as nossas ações aos quais não se pode escapar! O uso da violência nunca conduz à paz. 

Guerra chama mais guerra, violência chama mais violência.

Com todas as minhas forças, peço às partes envolvidas no conflito que escutem a voz da sua consciência, que não se fechem nos próprios interesses, mas que olhem para o outro como um irmão e que assumam com coragem e decisão o caminho do encontro e da negociação, superando o confronto cego. 

Com a mesma força, exorto também a Comunidade Internacional a fazer todo o esforço para promover, sem mais demora, iniciativas claras a favor da paz naquela nação, baseadas no diálogo e na negociação, para o bem de toda a população síria.

Que não se poupe nenhum esforço para garantir a ajuda humanitária às vítimas deste terrível conflito, particularmente os deslocados no país e os numerosos refugiados nos países vizinhos. Que os agentes humanitários, dedicados a aliviar os sofrimentos da população, tenham garantida a possibilidade de prestar a ajuda necessária.

O que podemos fazer pela paz no mundo? Como dizia o Papa João XXIII, a todos corresponde a tarefa de estabelecer um novo sistema de relações de convivência baseados na justiça e no amor (cf. Pacem in terris, [11 de abril de 1963]: AAS 55 [1963], 301-302).

Possa uma corrente de compromisso pela paz unir todos os homens e mulheres de boa vontade! Trata-se de um forte e premente convite que dirijo a toda a Igreja Católica, mas que estendo a todos os cristãos de outras confissões, aos homens e mulheres de todas as religiões e também àqueles irmãos e irmãs que não creem: a paz é um bem que supera qualquer barreira, porque é um bem de toda a humanidade.

Repito em alta voz: não é a cultura do confronto, a cultura do conflito, aquela que constrói a convivência nos povos e entre os povos, mas sim esta: a cultura do encontro, a cultura do diálogo: este é o único caminho para a paz.

Que o grito da paz se erga alto para que chegue até o coração de cada um, e que todos abandonem as armas e se deixem guiar pelo desejo de paz.

Por isso, irmãos e irmãs, decidi convocar para toda a Igreja, no próximo dia 7 de setembro, véspera da Natividade de Maria, Rainha da Paz, um dia de jejum e de oração pela paz na Síria, no Oriente Médio, e no mundo inteiro, e convido também a unir-se a esta iniciativa, no modo que considerem mais oportuno, os irmãos cristãos não católicos, aqueles que pertencem a outras religiões e os homens de boa vontade.

No dia 7 de setembro, na Praça de São Pedro, aqui, das 19h00min até as 24h00min, nos reuniremos em oração e em espírito de penitência para invocar de Deus este grande dom para a amada nação síria e para todas as situações de conflito e de violência no mundo. A humanidade precisa ver gestos de paz e escutar palavras de esperança e de paz! Peço a todas as Igrejas particulares que, além de viver este dia de jejum, organizem algum ato litúrgico por esta intenção.

Peçamos a Maria que nos ajude a responder à violência, ao conflito e à guerra com a força do diálogo, da reconciliação e do amor. Ela é mãe: que Ela nos ajude a encontrar a paz; todos nós somos seus filhos! Ajudai-nos, Maria, a superar este momento difícil e a nos comprometer a construir, todos os dias e em todo lugar, uma autêntica cultura do encontro e da paz. Maria, Rainha da paz, rogai por nós!